terça-feira, 9 de junho de 2009

We like to watch you laughing

A essa altura do campeonato começo a me perguntar por que afinal esse carnaval todo se chama "confissões indiretas", eu nunca me confessei, nunca. Talvez seja isso que me faz tão intragável, tão indiferente, escolhi há muito tempo ser indiferente ao mundo pra não ter que me envolver com ele, não ter que me envolver com mais nada.
Eis que agora me vejo numa encruzilhada, quando se aprende a se importar com as pessoas, aprende-se também a sofrer por elas. Pelo menos aqueles que verdadeiramente se importam, eu não queria, nunca quis que as pessoas ao meu redor sentissem também a mesma dor que eu senti quando me tornei indiferente, eu não quero ser impotente, nem imprestável, eu não quero vê-la chorar, nem se arrepender. Mas não importa o quanto eu tente entender, ou ajudar, ou até mesmo amenizar os problemas dos outros, eu sempre falho. As minhas perguntas não responde, nem as tuas que faz a você mesma, é como se eu falasse com uma parede, uma linda parede branca e confusa, cheia de rachaduras que só são vistas quando o observador se aproxima dela. Eu quero ver a parede cheia de desenhos, repleta de cores e recheada de alegria, eu quero ver os detalhes das suas angustias, do teu détresse, mas principalmente eu quero ver você abraçando o mundo, sorrindo pras estrelas, todas as estrelas e não só uma, pois em cada estrela há um brilho diferente e afinal das contas, todos nós enxergamos o mesmo céu, seja na luz ou na escuridão, o céu é igual pra todos nós.