quarta-feira, 29 de outubro de 2008

2.2 The Killers - Mr. Brightside

Segunda Parte IX

(O rumor)

X: Aquela fala de tempo não é minha, é?
Y: Não, eu tenho te misturado com algumas outras
X: Faz bem, quem sabe um dia eu sumo de vez, você arranja outro X
Y: Ah faz-me rir, X mesmo é só você
X: E por que isso?
Y: Por culpa da língua inglesa, é uma piada interna, não vou te explicar, se não você vai dizer que nem precisa porque você ja leu dentro de mim mesmo, não é?
X: Estranhamente não, acho que tenho criado vida própria, não me sinto mais parte do seu eu-lirico
Y: Culpa sua, gostava mais quando você pertencia a mim.
X: Você sempre tem alguém ou algo pra culpar, quando a culpa é sempre sua
Y: Minha?
X: Você sabe que sim, seu cinismo... aliás era o que eu mais me permitia odiar em você
Y: Você quer falar de ódio agora?
X: Melhor do que só falar de amor
Y: Pois bem, eu odeio as tuas mãos
X: Você as adorava, o que mudou?
Y: Me disseram que estas tuas mãos me traíram
X: E você acreditou?
Y: No começo não, mas agora ja não sei
X: Você poderia contar nosso começo com tanta graça e beleza, mas prefere atacar minhas mãos?
Y: Você quis falar de ódio e eu não me permito odiar nada em ti além das mãos
X: Nada mais?
Y: Bom, você me fez odiar as minhas, isso serve? Por você odeio também as minhas pernas
X: Você sempre se odiou e agora quer botar a culpa em mim.
Y: Não é verdade, minhas mãos me traem porque prometeram nunca mais escrever sobre você, logo as odeio, eu nunca trai ninguém a não ser a mim mesma
X: Isso não é um orgulho, é um fardo, você não sabe como é gostoso trair
Y: Então você admite?
X: Eu nunca te traí, agora as tuas pernas...
Y: Elas me traem também, como você sabe?
X: Porque seguem os meus passos, opostos aos teus, e não admito nada, ja disse...
Y: Também não acredito em nada, ja disse...
X: Isso não é justo, você vai acreditar em rumores
Y: Não, eu te defendia do mundo todo, qualquer pessoa que falasse algo de você, eu te defendia, perdi amizades por isso, movi rios pra limpar o seu nome.
X: E continua achando que eu te traí
Y: Continuo, mas não admito pra ninguém, acho que eu mereci não é mesmo?
X: As vezes que eu te trai?
Y: Traiu?
X: Não, mas eu quis...
Y: Eu teria merecido, você estaria certa, podia ter me traído o quanto quisesse
X: Não ia mudar em nada, não é mesmo? Se eu quisesse poderia ter feito você de mascote o tempo todo
Y: Você fez, ainda faz sem querer fazer, eu nunca olhei pra mais ninguém, nem nos meus pensamentos te troquei por outras...
X: Elas são mais bonitas do que eu, aquelas pelas quais você poderia ter me trocado
Y: Ninguém é mais bonita do que você.
X: Ninguém é mais idiota do que você!


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